sábado, 4 de julho de 2009

Planejando o presente

O ex-presidente dos Estados Unidos Abrahan Lincoln (1809-1865) já dizia que quando o estrategista erra, o soldado morre. Bem distante de nossa atualidade corporativa, ele já visualizava, no século XIX, tudo o que estamos vivenciando hoje no mercado de tecnologia da informação, sabendo da importância da elaboração de um eficiente planejamento estratégico.

Um planejamento estratégico de TI é constituído, em suas bases, por planos de organização, sistemas de informação e suporte. Trata-se de um processo dinâmico que assegura a integração das atividades de TI com os negócios, visando atingir plenamente os objetivos estratégicos da corporação.

Integração, flexibilidade e inovação constantes são as bases da sustentabilidade e evolução corporativas. Por isso, o planejamento deve ser elaborado no contexto da governança de TI, constituindo-se num dos 34 processos do Cobit (Control Objectives for Information and Related Technology), framework de governança de TI elaborado pelo ISACF (Information Systems Audit and Control Foundation).

O planejamento estratégico de TI está subordinado ao planejamento estratégico corporativo das empresas. Este último planejamento é um processo, também dinâmico, de identificação, análise, estruturação e coordenação da missão corporativa, da visão estratégica da empresa, da estratégia propriamente dita, dos objetivos, indicadores, metas e planos de ação, assim como das expectativas das unidades de negócios.

O planejamento estratégico corporativo, elaborado no contexto da governança corporativa, deve alcançar, de forma efetiva, o desenvolvimento dos negócios com a melhor concentração de esforços e utilização dos recursos da empresa. O planejamento é um processo sistemático e constante de tomadas de decisões, cujas conseqüências não surgem instantaneamente. Planejar não diz respeito a decisões futuras, mas a implicações futuras de decisões presentes.

Planejamento não é um ato isolado. Deve ser visualizado como um processo de ações concatenadas para atingir os objetivos estabelecidos. É um processo muito mais importante que seu produto final, ou seja, um conjunto de planos de ação que devem ser desenvolvidos pela empresa e não para a empresa. Se este aspecto não for observado, é significativo o risco de resultados inadequados, bem como de resistências e descrédito crescentes na implementação dos planos.

Todo tipo de planejamento empresarial deve respeitar alguns princípios para que os resultados esperados de sua operacionalização sejam conquistados. Esses princípios são da contribuição aos objetivos, da precedência, profundidade e abrangência, de maior eficiência e efetividade e de valorização dos negócios. Corporativamente, distinguem-se três tipos de planejamento: estratégico, tático e operacional. Os processos de planejamentos estratégicos corporativos e de TI são instrumentos fundamentais de gestão para atender as estratégias de crescimento e produtividade empresariais.

Claudio Terrazzan é diretor de Tecnologia da HOLD

Veja o post original: B2B Magazine

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